27 DE JUNHO DE 2010
Naquela noite eu estava um pouco alterado. Você com seus cabelos esvoaçantes no salão, despertava ciúme em mim. Até que um outro rapaz lhe tirou para dançar. Meu sangue ferveu ardentemente. Me afoguei naquelas taças de vinho tinto. Ao sair de lá, na tentava de sucumbir meu ciúme doentio, você dizia que não havia nada demais em dançar com outro alguém. Eu acelerava mais ainda o carro. A raiva me fazia ceder às lágrimas. A chuva embaçava os vidros, e você insistia que eu diminuísse a velocidade. E naquela angústia, de repente o carro faz um zig-zag na pista molhada e escorregadia. E você gritava, dizendo que eu estava louco, e que queria descer do carro. O fato de você não compreender meu ciúme me fazia acelerar mais ainda. E em alguns instantes, um lapso de memória me fez lembrar de você naquele salão dançando com outro, e de repente tudo apaga. Quando acordo, vejo você estirada no asfalto molhado, com suas mãos gélidas e o rosto pálido contendo uma gota vermelha escorrendo. E antes que partira, me disse: Eu te amo.
(Vitor Alencar) - http://vitoralencarr.blogspot.com
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