Destinados ao ilimitado
Tolhidos pela vontade alheia.
Não podem alcançar seu ápice
Recolhem-se na pequenez imposta.
Seus galhos não recebem pássaros,
Nem há crisálidas se libertando
Em formosas borboletas
Que virão roubar seu néctar.
Sua beleza contida
Num minúsculo jarro
De uma sala fronteiriça
É saudosa e fugaz.
Tal natureza morta
Não embala suas folhas ao vento
Nem vê a cor do luar,
Sendo apenas caricatura do que deveria ser.
Se tenta crescer mais um pouco
Tesoura carnívora lhe devora
Aleijando-lhe a alma,
Condenada a ser eterna miniatura.
A culpa que sente em seu tronco
Torna-se choro invisível.
Vive na alegria do seu dono
Na tristeza de não estar em terreno livre.
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Um comentário:
Deixo aqui meus agradecimentos pelos elogios e por teres apreciado meu blog e assim também, parte de minha obra. Esteja avontade para utilizar-se dele quando preciso e ler outras poeisa, contos e cronicas lá postados por mim!
um abraço.
Saulo Boyna
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